terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Caixa d'água que só enche

Andei pensando em acabar com este blog. Fazia algum tempo que eu não postava nada aqui. Como já falei outras vezes, fico meio sem graça de escrever sobre livros que ainda não li, mesmo quando eu os conheça um pouco, mas é uma coisa meio sem sentido, elogiar/criticar algo que não se conhece.
Mas daí sempre vem a lembrança de que comecei este blog não para fazer resenhas sobre livros, pois além de eu não ter muito senso crítico, eu já percebi que não consigo muito bem passar meus sentimentos sobre uma leitura para o papel, no caso para o computador.
Eu comecei este blog para servir de repositório de livros sobre o mar, de forma geral.
Desde muito moleque - bem antes da internet - que eu sempre gastei tempo procurando livros de meu interesse. E a literatura náutica sempre esteve no centro de meus interesses, mas nem sempre foi fácil achar bons livros, muito menos selecioná-los.
Por isto continuarei com este blog, para quem sabe um dia ajudar pelo menos um perdido na rede que queira ler um bom livro sobre o mar e que não consiga encontrá-lo.
Mas hoje, como tem sido o costume nos últimos tempos, não falarei de um livro que acabei de ler, pois faz um bom tempo que não leio nada ligado ao mar.
Hoje falarei de minha lista de livros comprados e não lidos, lista que é como uma caixa d'água que só enche. Cada dia aumenta mais e não vejo a menor perspectiva de vê-la diminuir.
Neste final de ano, aproveitando o décimo terceiro e a desculpa de presentear-me, comprei alguns livros que faz um tempo eu estava querendo.
Noves fora temas que não tem nada a ver com este blog, comprei três livros que cabem bem no que aparece por qui.
São eles:

O MOTIM NO BOUNTY - A história trágica de um confronto em alto-mar
De Caroline Alexander

NO CORAÇÃO DO MAR - A história real que inspirou o Moby Dick de Melville
De Nathaniel Philbrick

ABAIXO DA CONVERGÊNCIA - Expedições à Antártica 1699-1839
De Alan Gurney

Como falei, ainda não li nenhum deles.
Mas todos me parecem bem legais.
Agora só me falta tempo...para ler e depois para comentar.

Bons ventos e boa leitura a todos !

Abaixo a descrição dos livros constante no site da editora:

O MOTIM NO BOUNTY
Dezembro de 1787. O HMS Bounty parte para o Pacífico Sul com a missão de buscar mudas de fruta-pão para alimentar os escravos das colônias do Caribe. Abril de 1789. No caminho de casa, após uma estadia no Taiti, o segundo-em-comando Fletcher Christian e seus adeptos lançam ao mar o capitão William Bligh e mais dezoito homens, com comida para cinco dias, num escaler de pouco mais de sete metros.
Enquanto o capitão navegava de volta para a civilização, Christian conduzia os amotinados ao Taiti e em seguida à remota ilha Pitcairn, onde, depois de queimar e afundar o navio, estabelece uma comunidade. Quando Bligh chega à Inglaterra, arma-se uma esquadra para capturar os amotinados e submetê-los a julgamento.
Ao longo dos anos, o motim teve inúmeras explicações. Talvez por influência - à época - das famílias dos principais personagens e, depois, de autores que preferiram se limitar a estereótipos, a história costuma ser contada como uma simples contenda entre as personalidades-chave.
Em O motim no Bounty, Caroline Alexander revisita os acontecimentos, contesta simplificações e nos oferece uma profusão de novos elementos, apoiada em meticulosas evidências documentais. Mais do que recontar as aventuras, ela contextualiza os fatos e reflete sobre as motivações de cada personagem. O resultado é um painel vívido, fascinante, de vários aspectos da sociedade inglesa do fim do século XVIII, particularmente dos ligados à vida dos homens do mar.
A saga do Bounty teve várias adaptações para o cinema, com Clark Gable, Marlon Brando e Mel Gibson no papel do rebelde Christian.

NO CORAÇÃO DO MAR
Em 1820, o baleeiro Essex foi atacado por um cachalote enfurecido e afundou rapidamente. Nunca se imaginara que uma baleia pudesse reagir aos pescadores que a perseguiam. O que se seguiu ao naufrágio foi uma longa provação pelas águas do Pacífico: amontoados em três botes, os marujos navegaram durante três meses, experimentando os horrores da inanição e da desidratação, da doença, da loucura e da morte, chegando à prática do canibalismo.
O episódio, que inspirou Herman Melville a escrever Moby Dick, ficou registrado em relatos feitos pelos sobreviventes. Baseado em ampla pesquisa e fontes inéditas, o historiador Nathaniel Philbrick reconstitui todos os detalhes da tragédia, dando vida aos testemunhos com seu vasto conhecimento em assuntos marítimos. Dos meandros da economia baleeira às técnicas de navegação a vela e o comportamento das baleias, No coração do mar reúne informações minuciosas sobre cada aspecto da história. Uma aventura que desafia o leitor a refletir sobre os limites da capacidade de sobrevivência humana.


ABAIXO DA CONVERGÊNCIA
A Convergência é uma linha que, a cerca de 800 milhas da Antártica, divide o hemisfério sul em duas regiões de climas opostos: de um lado, as terras temperadas do mundo "civilizado"; de outro, o inferno gelado descrito por Dante. Neste livro, Alan Gurney conta as viagens dos navegadores que se aventuraram abaixo da Convergência quando a Antártica ainda não havia sido descoberta e era apenas uma área gigantesca na imaginação dos europeus.
Durante séculos acreditou-se que no Pacífico Sul existia um continente de proporções asiáticas, habitado por milhões de nativos. Em 1768, quando o explorador James Cook zarpou da Inglaterra a bordo do Endeavour, tinha o objetivo de verificar até que ponto essa fantasia correspondia aos fatos. Tudo o que avistou foram algumas ilhas. Se havia ali um continente, era definitivamente bem menor do que se esperava.
Houve centenas de tentativas de atingir a terra mais ao sul do planeta - e o custo das descobertas foi alto. Capitães intrépidos e marujos que muitas vezes não passavam de adolescentes enfrentavam, por exemplo, muralhas de icebergs, tempestades que surgiam do nada, o terrível escorbuto (que dizimava tripulações inteiras) e mesmo o canibalismo de algumas tribos do Pacífico Sul. Feitas à custa de sangue, determinação e valentia, foram viagens que puseram no mapa um lugar fantástico onde hoje há cientistas tomando café em suas bases ao longo da costa e, às vezes, até turistas fotografando pingüins.

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